domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sem Jesus de que adianta o céu?


Jesus não usou nem o céu e nem o inferno como elementos motivadores de conversões ou mudança de vida.

Ele fala de ver o Reino, e, para tanto, afirma ser necessário nascer de novo.

Ele diz que humildade, mente limpa de ódio e maldade; coração mantido sob autocontrole [manso]; um espírito ávido por justiça para o próximo; uma atitude permanente de busca de reconciliação em todas as coisas; e coragem para sofrer afrontas sem deixar de olhar para os céus com alegria e exultação — nos fazem herdeiros do reino dos céus, nos fazem filhos de Deus, nos tornam fartos, nos constituem herdeiros do galardão dos profetas, e, sobretudo, nos fazem ver a Deus.

Ele diz que é para amar a fim de sermos filhos do Pai que está nos céus. Manda-nos confiar pela mesma certeza de filiação ao Pai que nos ama.

E quando fala de juízo é sempre acerca dos que vivem sem misericórdia ou sob a inspiração do ódio ou da desfaçatez perversa. Entretanto, mesmo assim, sempre há um “e não sairá dali até que...” — mostrando a prevalência da misericórdia sobre o juízo.

Os homens são expostos ao inferno e ao juízo nas palavras de Jesus, mas nenhuma delas aparenta nos fazer crer que seria pelo medo que se amaria a Deus.

Para Jesus o inferno existe [seja qual for o significado dele]; porém, Ele diz que é somente pelo amor em fé é que se pode chegar a Deus. Assim, o inferno é uma constatação, mas não uma inspiração. Afinal, inspiração do medo só serve ao inferno, pois, pelo medo criam-se hipócritas; posto que é somente pelo amor que o coração tem correspondência com o todo da vida.

Céu é amar a Deus e ao próximo. Inferno é odiar o próximo e achar que Deus não é amor pelo ódio no qual a pessoa viva em relação ao próximo.

Quem ama conhece a Deus. Quem não ama nunca conheceu a Deus, do mesmo modo como também aquele que odeia a outro homem. É assim que é acerca do céu e do inferno.

Qualquer outra complicação vem do diabo!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

MORTE DA FÉ



“Quando o Filho do Homem voltar, porventura encontrará fé na terra?”

Nada é mais triste de ver a morte da fé nesta geração!
Há crença, há misticismos, há correntes e barganhas, mas não há fé!
A fé é a certeza de coisas que se esperam e a firme convicção de fatos que se não vêem.
Portanto, a fé não trabalha com o visível, mas com o invisível; e não se estriba no que é perceptível aos sentidos, mas sim no que a eles não está disponível.
A fé faz as “coisas que se esperam” se tornarem “certezas” e faz “os fatos que se não vêem” tornarem-se “convicções”.
Assim, a fé antecipa e goza o que ainda não se materializou, como quem vê concreção no invisível ou no ainda não “acontecido” ante os sentidos.
Ora, sem fé, esperança e amor ninguém cresce em temor e reverencia para com Deus e a vida!
Posto que o que se crê e espera ainda não se manifestou aos sentidos, mas a fé santifica aquele que crê durante a “espera”.
Esta é a razão de vermos tanta maldade falada e feita em nome da “fé”, pois, “tal fé” não é nada além do ódio religioso que anima dos doentes contra os antagônicos.
A religião [e seus fanatismos] produz apenas o ódio como fé. Sim! É fé na existência do inimigo, não na realidade de Deus.
Pela mesma razão é que campeia entre nós a alegria pela catástrofe do adversário humano!
A “fé” que entre “nós” se propaga é certeza de que o mal alcançará aqueles que desejamos ver esmagados. É “fé” na vingança...
Olho para esse “meio religioso” e fico aturdido com a possessão de desamor que tomou conta de quase todos. Enquanto isto a iniqüidade cresce...
Cresce... E os agentes dela ficam cada vez mais insensíveis.
Acabou o amor. Morreu a reverencia. Institui-se a banalidade das palavras. Extinguiu-se a verdade. Amparou-se a mentira. Deu-se asas ao engano. Tudo em nome de Jesus.
E o diabo se ri dos “crentes”!...
Quando do Dia Mal chegar [e ninguém se engane, pois ele vem, e não tardará], então se verá essa multidão gritando por misericórdia, enquanto rangerão os dentes em dores de raiva...
Então dirão:

“Senhor! Comias e bebias em nossas ruas!...”
“Senhor! Em teu nome tiramos demônios, profetizamos e fizemos milagres!...”
“Senhor! Por que não abres a porta?...”

Mas o Senhor lhes dirá:


“Nunca estive com vocês! Não os conheço. Vocês usarem meu nome, mas nunca me conheceram. Meu nome só é verdadeiro na boca de quem me conhece!”

Enquanto isto... — os meninos vão brincando de Deus e com Deus...
Mas a porta vai fechar!
Veja o que aconteceu a você!
Pergunte-se: O que me anima é fé, ou é apenas o ânimo da guerra da religião excitada pelo inferno?

Cristo, que busca nos acordar enquanto é tempo e dia chamado Hoje,